abril 14, 2012

Diz-me.


Diz-me de que cor te pintaram a alma esta manhã, diz-me se o teu humor concordou e não te preferiu de amarelo. Não me importa se a cadeira onde repousas te sente durante mais horas do que eu. O meu coração sabe onde te encontras, sabe a que canto tens direito e sabe que as controvérsias da vida não podem calcular o peso das estrelas. Então diz-me. Diz-me porque a manhã se encontrava gelada e o calor da minha cama não era suficiente. Diz-me porque não partilhámos os mesmos lençóis e porque não me deixaste ofertar-te um carinhoso beijo. Diz-me porquê. Ou não digas. Esse teu silêncio que me destrói e me fascina, que não me segura o coração e balança-o em círculos, esse teu silêncio que eu amo, não mais do que a tua voz, é certo. É o silêncio das horas vagas. O silêncio que dita se terei uma noite feliz ou magoada. De que cor vês os meus olhos? Vou-te dizer que nunca foi minha intenção que neles visses a raiva e o medo. Se me sentisse capaz, só te mostraria que consigo viver sem ti, mas não quero. Mostrar-te-ia que dois é melhor do que um, e que eu tenho o mundo para te dar. Não o mundo de toda a gente. Aquele de que te falo, é o meu mundo como tu o desejas.

4 comentários:

Pedacinhos de mim disse...

Já tinha saudades de te ler, de ver estas palavras repletas de sentimento, do teu próprio sentir. Espero que esteja tudo bem ctg, tudo bem com o teu coração. Um Beijo :)*

Ana de Oliveira disse...

Que texto lindo! Sim, só não foram tiradas por mim as fotografias onde eu apareço. Muito obrigada!

Diana Filipa Fonseca disse...

...«dois é melhor do que um...» adoro a maneira como escreves, uau *.*

© hurricane disse...

Minha Nana. pára de escrever assim tão bem ya? :P


<3