falar-te de amor

Tu não percebes o que é, mas eu vou falar-te agora. Vou falar-te sim, de amor. Aquele que tu cada vez recusas menos a mostrar, aquele que te negas a sentir, aquele que tens medo de me dar. E sabes que não precisas de saber tudo sobre mim para te sentires seguro, porque por cada dia que passar eu te mostrarei que não erraste. E pelo tiro no escuro, te agradecerei. Tens um coração mais gelado que o meu, mas tão depressa se desfaz em calor só com um abraço, ou um beijo mais sentido. Tu sabes que tenho razão.
E o passado ficou tão lá atrás, porque é que fazemos questão de o trazer à tona se de nada nos serve? Guarda-o se quiseres, se não quiseres deita-o o fora, já o vives-te, já aprendeste, já passou e morreu. O presente conta bem mais do que para sempres descabidos e infantis. Porque viver um dia de cada vez sabe bem melhor que inventar um futuro sonhador. Outrora não pensava assim, mas sei o que me fez mudar, e gosto tanto da pessoa que sou hoje e sei que tu também gostas. Talvez esteja na altura de me olhares com olhos de gente. De facto, és o único que não vê que eu valho a pena. Mas não, não sou eu que tenho de te dizer isto, saberás por ti se quiseres. Eu só vim aqui falar-te de amor.