fevereiro 27, 2012

inesperado

Escrevi muitas linhas nestes dez minutos que se passaram, mas algo me fez apaga-las. Não há palavras certas para ti, é difícil perceber o que gostarias que te dissessem, como gostarias que agissem... Bem, é difícil perceber-te. E quem és tu? Sim, quem és? Apareces-te do meio do nada, invadiste a minha linha de visão e alteraste o meu estado de humor em cinco segundos. Fizeste-me querer dar-te a mão, só para conhecer a sensação. Não que nunca o tenha feito, mas o outrora já passou, e tu não és o meu passado. Mas diz-me, o que tens tu para me captares assim a atenção? O que tens tu que me faz desejar ver-te no dia seguinte? Tenho mil e uma questões para te colocar, mas sinceramente, nenhuma delas é suficientemente importante, porque se eu pudesse desejar algo neste momento, eu desejaria que me visses com olhos de gente e me desses uma pequena oportunidade de te mostrar que valho a pena. Eu sei que é estranho, sei que é inesperado, mas a vida tem destas coisas. Não é das coisas mais bonitas que eu já escrevi, mas é o que estou a sentir neste momento. Ontem ansiei por hoje, vi-te, sorri-te, as nossas mãos até se tocaram por breves segundos, ainda que sem querer. Hoje anseio por amanhã, há horas que não te vejo. E nunca to disse, mas tens um sorriso lindo. Chega quase a ser cativante. E eu queria que o meu amor, aquele que eu sei que posso sentir por ti, fosse o mais forte, o mais fiel, o mais inquebrável. Eu quero amar-te. Quero fazê-lo porque estou, incrivelmente, a apaixonar-me por ti. Ou não sentiria eu aquela sensação no peito sempre que penso que te vou ver, sempre que te confundo com alguém na rua, sempre que quero que sejas tu a escrever-me e não és. As noites ficam mais frias, e tu já dormes. Queria eu poder dar-te um beijo de boa noite e dizer-te até amanhã de sorriso nos lábios, para que soubesses sempre quem te espera.

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