novembro 01, 2012

na cama ás 23:37

O amor por vezes é assim. Repentino e exigente. Com poucas regras e muitos maus hábitos. É como acordar de manhã e sentir que somos únicos no mundo. Partilhar do mesmo autocarro com pessoas extremamente atraentes e nem sequer lhes dar importância por ter o pensamento tão ocupado com a pessoa amada. É como ir na rua, chegar a uma esquina e perguntar as horas a um estranho. Não, isto não faz sentido nenhum mas, que eu saiba também o amor não se explica. Não tem de fazer sentido mas sim ser sentido. Acho que nunca tinha dito uma coisa tão acertada. Estou a ter uma overdose de pensamentos. O meu cérebro está tão cansado e com falta de espertos, (expressão engraçada que um amigo meu utiliza), que há já algum tempo que me deixei das letras. Mas muita falta me fazem elas e, por isso, passeei como me haviam aconselhado. Senti a chuva na cara, olhei atenta e distraidamente para as pessoas que passavam na rua, senti-lhes o cheiro de longe e imaginei como seria o mundo sem todas estas banalidades. Acabei por sentir tudo na verdade, e por não sentir nada de facto. Sou tão contraditória que dói. A felicidade parece algo tão confuso e impossível de alcançar... O que estou eu para aqui a dizer? O céu é azul.

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