voltas.

Não me apareças com a conversa de que fui eu quem me afastei. Não metas pontos finais onde estão pontos de interrogação. Não, não faças de mim uma tola qualquer, porque tudo isto é como nas receitas de culinária, Quanto basta. Sabes que gosto de testar as pessoas, e tu não vais ser diferente, passaste a semana inteira a achar que me tinhas nas mãos, e até tinhas, mas eu cansei-me de ser esmagada por algo que não é meu, então fugi. Se esta semana não me sentires a falta, então eu não voltarei, porque esse não é o meu lugar. Houve momentos em que te sentia inteiramente meu, em que se via nos teus olhos a preocupação de alguém que ama, mas outras vezes, eu nem te aparecia à frente e tu já tinhas alguém no meu lugar. Então diz-me o que pensar, porque se não disseres eu pensarei sozinha. Passou-se um fim-de-semana, e nada de bons dias nada de como estás? e até que nem está frio, eu estou bem assim, mas precisei de ti. Mas continuas estupidamente infantil e despreocupado, sem valorizar o que, de facto, é importante. Embora o que te torne especial é isso mesmo, é essa tua despreocupação pela vida que eu tanto odeio. Reparei em ti quando foste o único a rir-se das minhas piadas sem que eu me esforçasse, quis ter-te sobre o meu regaço quando não me negaste um abraço sem qualquer tipo de segunda intenção. Mais tarde, fiz-te meu amigo, e protegi-te como ninguém o fez antes. Sentis-te isso? Não que eu queira esse teu reconhecimento, mas gostaria que tivesses notado. Contraditório, não é? Depois ainda te amei como nunca deveria tê-lo feito, mas isso já foi demais. Lamento. E agora a tão desejada reviravolta, o que eu espero dela é que sintas mesmo a minha falta, que me procures e que mudes a tua atitude. Se a reviravolta me trocar as voltas, então.. Bem, vou-me embora, Não há mais lugar para mim aqui.