janeiro 26, 2012

drive someone to the edge of reason

A alma dói-me sem que eu entenda o porquê. Respiro um ar gélido que me fere os pulmões e acabo cansada por desistir de ti. Largo as armas, largo as cartas já rasgadas e respiro fundo uma vez mais, deixo o sol entrar porque assim mereço. Não mais sentirei frio, não quero, não deixarei, é hora de ser feliz, sim, já é hora. E já estou atrasada mas ela espera-me pacientemente. Por quanto tempo me esperará mais? Não sinto mais o medo, mandei-o embora à cinco minutos, tranquei-lhe a porta e sei que ele permanece do lado de lá mas eu não quero saber. Nem que eu siga pela porta das traseiras mas nunca mais, em tempo algum, voltarei a abrir aquela outra. Amarga porta para a solidão. Escreveria eu sobre outras portas se esta não estivesse debaixo dos meus olhos. Este silêncio mórbido aterrador... Oh. Não procuro mais saídas, apenas não me quero atrasar nem mais um segundo que seja. Lá longe já oiço gritar : " Vem minha pérola, não tardes, eu cá te espero com um sorriso." E eu vou. O sol escondeu-se mas pouco importa, a felicidade não está nele, está na gare à minha espera. Parou tudo Maria que te repetes demais.

2 comentários:

Pedacinhos de mim disse...

Espere mesmo que encontres novamente as forças que em ti tens, que te levantes, que enches as lágrimas e vejas o que vales, o que és. Espero que no fim de tudo sejas feliz, porque és tu que constróis a tua história e não os outros por ti. Sempre aqui já sabes :)*

Victoria disse...

há sempre uma felicidade guardadinha para nós, seja em que sítio for. continua e não pares.

p.s. vê se vais ao hospital tratar dessa vista.