outubro 06, 2011

liberdade

Quando somos pequenos gostamos do mundo ao contrário, gostamos da desarrumação no quarto, gostamos de pular nas possas de lama em dias de inverno, gostamos de rasgar as calças a subir às árvores, e gostamos de ser livres. Quando chegamos a uma outra fase, arrumamos um pouco mais aquilo que nos pertence, ainda não encontramos o sítio certo para algumas coisas, gostamos de aventuras na medida do possível, gostamos de riscos. Passamos a dar uma importância especial ao mundo à nossa volta e pegamos em filmes, livros, séries, músicas e descobrimos no que somos bons, criamos objectivos, traçamos um caminho que nunca chega a ser utilizado. Continuamos a gostar de ser livres. Há ainda uma outra fase, uma que dura cerca de dois anos e não queremos que acabe nunca, porque é a fase que passa mais rápido, é a fase das maiores descobertas, é a fase dos sentimentos a nu, e de traçar a rota que vamos seguir com certeza. Então, pegamos na liberdade que tanto gostamos, olhamos para ela e vemos que, de facto, livres foi tudo aquilo que nunca fomos, descobrimos que a liberdade está em tudo aquilo que gostamos, e que ter tudo torna-se a nossa maior prisão. É contraditório, mas quem disse que falar de liberdade é fácil?

2 comentários:

adriana martins disse...

hade passar tudo querida :D

AMOTESEMHÍFEN disse...

o "kfndbodfoboldfb" no meu blog foi o texto para ver como estavam os códigos :)