setembro 28, 2011

numa noite.

Chegou a altura de pegar nas palavras certas e falar daquela noite. Aquela em que as minhas pernas tremeram e tu te tornas-te no ser mais imprevisível há face da terra. Aquela noite em que assistimos um filme no cinema, enquanto eu te olhava de lado, e observava onde colocavas as tuas mãos, sem te dares conta. Nessa noite, o meu coração acelerou tanto, tantas vezes quantas as estrelas, ou qual lixo espacial, que existe no céu. Sempre que aproximava a minha mão da tua, sempre que me sorrias e eu fingia que não queria saber, sempre que me abraçavas ou me punhas debaixo do braço como se eu fosse realmente pequena. Mas bateu muito mais depois daquele longo passeio, depois de me doerem os pés e eu não dar importância, porque estava contigo, e isso contava imenso. Depois de me puxares para ti e me beijares, acredita que não estava em mim quando o fizeste. Não tive tempo para pensar sequer no que estava a acontecer, e fiquei, tonta, sem saber como reagir, sem saber o que te dizer. Pensar eu que estive para desistir daquela noite e não ir. Pensar eu, que por segundos, pensei em desistir de ti sem nunca ter lutado.

2 comentários:

ic disse...

tu escreves tão bem! adorei *

adriana martins disse...

lagrimas porque ? mas de alegria espero! *
obrigada querida, obrigada mesmo!
sigo *